“Estamos
os dois sentados num canapé de palhinha. Enquanto a Umbelina me
fazia furtivas festas sobre as calças, a berguilha e mais para a
esquerda, eu percebia que o caralho se ia desenroscando,
desenvolvendo em brandas pulsações rítmicas, agitadas, em
movimentos autónomos, preenchendo o côncavo das cuecas, vibrando na
esperta mãozinha e transmitindo-lhe uma frenética atividade. Não
sei por que ela, a Umbelina ou a mão? as mãos são órgãos
inteligentes, voluntariosos, sábias, ela não desconhecia o membro,
era tão fácil, bastava desabotoar duas ou três casas, abrir
caminho, dar-lhe liberdade.”
Pacheco,
Luiz, O
Teodolito,
Setúbal, Estuário, 1990, p. 15.
Canapé
1790 - 1820
Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves
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