“Mas, 2. (e aqui ficará o leitor surpreendido) há uns anos a esta parte, passando eu por Manchester, fui por vários industriais do algodão informado de que entre os seus operários se estava a espalhar o hábito de tomar ópio, e a tal ponto que, nos sábados à tarde, os balcões das farmácias se viam cobertos de pílulas de um, dois ou três grãos, à espera dos clientes que apareciam à noite. Causa imediata desta prática eram os baixos salários que, nesse tempo, não lhes permitiam adquirir cerveja ou álcool. Com a subida dos salários, poderia desaparecer o dito hábito.”
Quincey, Thomas de, Confissões de um opiómano inglês, s. l., Alfabeto, 2011, pp. 12-13.
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