“No
entanto, por Portugal inteiro, os «grandes», invariavelmente tão
cautelosos e dispostos a sofrer qualquer opressão, não hesitaram em
dar o passo decisivo, formando em centenas de cidades, vilas e até
aldeias juntas de governo que assumiram na sua região toda a
autoridade civil e militar em nome do Príncipe ausente. O que os
levou a tanta coragem não difere em substância do que antes os
fizera conspirar ou os trouxera à
cabeça
dos «tumultos», ou seja, o medo do «povo» desencadeado. Agora,
porém, não se tratou apenas de algumas personalidades mais lúcidas
ou mais activas, como Rego ou Cabreira, Silveira ou Sepúlveda.
Compreendendo que se jogava o seu destino, nobreza, clero e
magistratura escolheram unanimemente o mal menor e viraram-se sem
ambiguidade contra o invasor francês.”
Valente,
Vasco Pulido, Ir
prò Maneta. A Revolta contra os Franceses (1808),
Lisboa, Alêtheia Editores, 2007, p. 37.
Cirilo Volkmar Machado
Série das Invasões Francesas, d. 104p
entre 1807 e 1809?
"Comportamento dos Franceses
Dezonras, mortes, roubos, e quanto se pode immaginar de mais atroz perpetraraõ os malvados Napoleonicos em Beja, Leiria Evora, Caldas, e noutras muitas partes em Portugal.
Taes saõ as boas promessas Francesas. Apanhai esta bella colheita que o Céo vos manda... Junot Edital de 26 de Junho de 1808. O vosso estado hé o mesmo que o do resto da Europa. Junot Decreto 12 de Maio de 1808."
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