13 de maio de 2022

Contra o invasor francês

    No entanto, por Portugal inteiro, os «grandes», invariavelmente tão cautelosos e dispostos a sofrer qualquer opressão, não hesitaram em dar o passo decisivo, formando em centenas de cidades, vilas e até aldeias juntas de governo que assumiram na sua região toda a autoridade civil e militar em nome do Príncipe ausente. O que os levou a tanta coragem não difere em substância do que antes os fizera conspirar ou os trouxera à cabeça dos «tumultos», ou seja, o medo do «povo» desencadeado. Agora, porém, não se tratou apenas de algumas personalidades mais lúcidas ou mais activas, como Rego ou Cabreira, Silveira ou Sepúlveda. Compreendendo que se jogava o seu destino, nobreza, clero e magistratura escolheram unanimemente o mal menor e viraram-se sem ambiguidade contra o invasor francês.” 

Valente, Vasco Pulido, Ir prò Maneta. A Revolta contra os Franceses (1808), Lisboa, Alêtheia Editores, 2007, p. 37.


Cirilo Volkmar Machado
Série das Invasões Francesas, d. 104p
entre 1807 e 1809?

"Comportamento dos Franceses
Dezonras, mortes, roubos, e quanto se pode immaginar de mais atroz perpetraraõ os malvados Napoleonicos em Beja, Leiria Evora, Caldas, e noutras muitas partes em Portugal.
Taes saõ as boas promessas Francesas. Apanhai esta bella colheita que o Céo vos manda... Junot Edital de 26 de Junho de 1808. O vosso estado hé o mesmo que o do resto da Europa. Junot Decreto 12 de Maio de 1808."

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