“O
pretexto é: que me disseram que a capela ou igreja é
muito, muito antiga e tem muito que ver;
faço-me de Proença ou Torga, a coscuvilhar raridades perdidas na
Província, preocupado com velharias e ossos, quando o que quero são
caras e bocas e olhos e risos. E mãos e pernas. Tudo, etc., de
mulheres. Dou com a capela aberta: está lá um baptizado. O padre
tem cara de cabra doente. Puta que o pariu mais ao pai da criança
(que, depois, vim a sabê-lo, está em Angola-é-Nossa. Boa ocasião
de conhecer melhor a mãe do neófito, para compensá-la do
patriotismo do marido).”
Pacheco, Luiz, O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o seu Esplendor, Braga, Fundação Cultural Bracara Augusta, 2000, pp. 26-27.
Desenho da Capela de Nossa Senhora de Mércules situada nos arredores de Castelo Branco
Álvaro Canelas
1932
Museu Francisco Tavares Proença Júnior
Sem comentários:
Enviar um comentário