"Ambos foram postos em prisões horrorosas, e da mesma fórma Fr Manuel de Guimarães. A do P. Clemente era uma casa subterranea muito humida, e muito fria; ficava-lhe por cima a cozinha do Escrivão do Crime, com um sobrado muito arruinado, donde cahia continuamente poeira, carunxo, aguas sujas etc. que causavam um discommodo inexplicavel. Alem disto de noite concorria de toda a parte uma praga immensa de arganazes, contra a qual era preciso ao Padre dormir sentado com um páo na mão para se livrar destes animaes, que por todos os lados o investiam. Clamou o Padre para que o mudassem para outra habitação, mas nunca foi deferido, e o conservaram nesta mesma dois annos e sete mezes."
Portugal, João de Almeida (2.º marquês de Alorna), As prisões da Junqueira: durante o ministerio do marquez de Pombal, escriptas alli mesmo pelo marquez de Alorna, uma das suas victimas, Lisboa, Typographia de Silva, 1857, pp. 42-43. daqui
"Prisões, na Junqueira"
Jornal O Século
1931
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