"As portas de Arroios
Que estavam localizadas no ponto de encontro das actuais Ruas António Pereira Carrilho e Alves Torgo.
Pilares em pedra suportavam o gradeamento e os portões de ferro que eram abertos, de Verão, às 5 horas da manhã, de Inverno às 6 horas e fechados ao sol posto.
Por eles passavam os veículos que demandavam a cidade, bem como as carroças que vinham dos lados de Sacavém, Vila Franca, Vialonga, Póvoa de Santa Iria, Olivais, etc., transportando hortaliças para o Mercado da Praça da Figueira.
(...)
Esta barreira de Arroios, congénere das que circundavam a capital, e cuja missão consistia em invalidar os variados estratagemas, frustrar os constantes e sucessivos ardias de que se serviam os passadores de alcool e outros artigos, aos direitos que o Estado impunha, era assistida de fiscalização aduaneira muito apertada. Ali permanecia constantemente uma sentinela da guarda fiscal, munida de vareta própria que, introduzida nos cestos com hortaliça e outros artigos de consumo, se certificava dos respectivos interiores, invalidando assim a artimanha, a intenção fraudulenta.
Essa observação estendia-se às mulheres para o que havia apalpadeiras oficiais."
Monteiro, João, A Estrada de Sacavém, Lisboa, Grupo «Amigos de Lisboa», 1952, pp. 33-34.
Atlas da carta topográfica de Lisboa n.º 6 , levantada em 1858, sob a direcção do conselheiro Filipe Folque
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